O
problema do estresse é que ele
compromete o equilíbrio do organismo
como um todo, dificultando que os
mecanismos fisiológicos que controlam o sistema imune trabalhem
Quando
o assunto é doença autoimune, aquela
que é provocada pelo ataque do sistema imunológico contra proteínas, DNA,
vasos, pele e outros componentes do próprio organismo, há tantas interrogações
sobre por que isso acontece que qualquer certeza é agarrada com unhas e dentes
por médicos e pacientes. Uma delas é de que o estresse, em quem tem a predisposição
genética, pode desencadear ou agravar os sintomas de várias doenças autoimunes,
como psoríase, diabetes tipo 1 e artrite reumatoide.
“O
problema do estresse é que ele compromete o equilíbrio do organismo como um
todo, dificultando que os mecanismos fisiológicos que controlam o sistema imune
trabalhem, e isso dá brecha a que a doença se manifeste”, explica o clínico
geral e doutor em imunologia Eduardo Finger, diretor de pesquisa do
SalomãoZoppi Diagnósticos, em São Paulo.
A
jornalista Vanessa Pirolo, 31 anos, de São Paulo, sabe bem do que o médico está
falando. “Tenho diabetes tipo 1 desde os 18 anos de idade e sempre que fico
estressada minha glicemia aumenta, o que exige que eu injete uma dose maior de
insulina para diminuir a taxa de açúcar no sangue. Para evitar que isso se
repita com frequência, pratico atividade física, que ajuda bastante a controlar
o estresse”, conta ela, que caminha na esteira e faz musculação duas vezes por
semana, além de pilates uma vez por semana.
Prova
de que os fatores ambientais, caso do estresse, exercem influência sobre as
doenças de autoagressão, outro nome para as autoimunes, é que uma pessoa que
tem a predisposição genética para lúpus, por exemplo, pode passar a vida toda
sem apresentar os sinais típicos, que são mancha avermelhada no rosto em
formato de asa de borboleta, queda de cabelo, úlcera na boca, intolerância ao
sol e dores nas articulações, principalmente nos cotovelos, ombros, punhos e
mãos.
Reações
diferentes
Já
a imunologista Beatriz Tavares Costa Carvalho, professora de imunologia clínica
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro da Asbai (Associação
Brasileira de Alergia e Imunopatologia), de São Paulo, lembra que nada é 100%
em se tratando de doença autoimune.
“O
sistema imunológico reage de formas diferentes. Por isso, essa mesma pessoa com
lúpus não necessariamente vai apresentar os sintomas após vivenciar um assalto,
que gera um estresse intenso. Pode acontecer dos sinais aparecerem um dia
depois do episódio, daqui um mês ou, simplesmente, serem deflagrados por outros
gatilhos, como infecções, vírus, medicamentos ou radiação ultravioleta”,
esclarece a médica.
Como
muito raramente essas doenças têm cura - somente controle, e o diagnóstico
definitivo pode demorar três ou mais anos, os especialistas recomendam adotar
medidas no dia a dia que compensem o estresse. Vale malhar regularmente, ter um
hobby, seguir uma dieta equilibrada, fazer terapia ou mesmo usar medicamentos
prescritos pelo médico. “Também é muito importante aprender a controlar a
ansiedade, respeitar seus limites e lidar com os momentos difíceis, pois
estarão sempre presentes”, completa Eduardo Finger.
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